Entenda o que é o Laboratório de Metodologias da Inovação e conheça um pouco melhor o propósito deste projeto pioneiro que é formado pela colaboração entre três grandes universidades federais de Minas Gerais.
O Laboratório de Metodologias de Inovação (LabMIn) é uma rede de desenvolvimento tecnológico referência em metodologias e ferramentas para potencializar ambientes promotores de inovação e o empreendedorismo de base científico-tecnológica.
Trata-se de uma iniciativa mineira e inédita no país, que foi inaugurada em 2023 e já está impactando positivamente inúmeras empresas que integram os projetos realizados no âmbito dos núcleos acadêmicos que compõem o LabMIn.
A rede é formada por cinco núcleos independentes, localizados em três grandes universidades federais mineiras e no Parque Tecnológico de Belo Horizonte. São eles:
- Núcleo de Tecnologia da Qualidade e da Inovação (NTQI) da UFMG, coordenado pelo pesquisador Raoni Bagno.
- Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa (CenTev) / TecnoPARQ da Universidade Federal de Viçosa, coordenado pela pesquisadora Adriana Faria.
- Coordenação de Transferência e Inovação Tecnológica da UFMG (CTIT), coordenado pela pesquisadora Juliana Crepalde.
- Departamento de Engenharia de Produção, Administração e Economia da Universidade Federal de Ouro Preto, núcleo coordenado pelo professor André Luís Silva.
- Parque Tecnológico de Belo Horizonte, coordenado pelo professor Marco Crocco.
Além disso, o LabMIn conta com o apoio de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), liderados pelo professor Maicon Gouvêa de Oliveira, do Departamento de Engenharia de Produção.
Trabalhando de forma integrada e colaborativa, cada núcleo da rede LabMIn atua em frentes de trabalho e pesquisa como incubação, aceleração, spin-offs, nível de maturidade de parques, propriedade intelectual, Marco Legal de Inovação, Lei das Startups, produtização de ferramentas, roadmapping tecnológico, entre outras.
Como atuam os núcleos da rede LabMIn?
Os núcleos que integram a rede LabMIn atuam em frentes de pesquisa que se convergem. O núcleo UFV, liderado pela pesquisadora Adriana Faria, está desenvolvendo um programa de spin-off que contribua para a eficácia da criação e manutenção das empresas de base tecnológica.
Já na Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica da UFMG (CTIT), núcleo liderado pela pesquisadora Juliana Crepalde, a equipe está desenvolvendo métodos para auxiliar as empresas de base tecnológica nas práticas adotadas para gestão de propriedade intelectual. Na UFOP, a equipe do pesquisador André Luis Silva está desenvolvendo estudos para gerar potenciais métricas de avaliação para os parques tecnológicos.
No Núcleo da Tecnologia e da Qualidade da Inovação (NTQI) da UFMG, coordenado pelo pesquisador Raoni Bagno, os trabalhos visam a produtizar métodos e ferramentas e criar um portfólio de serviços para parques tecnológicos.
Por fim, o núcleo do BH-TEC tem se dedicado a desenvolver o conteúdo metodológico do acompanhamento de inovação realizado junto às empresas que integram a comunidade do Parque e dos programas de aceleração e pós-aceleração implementados pelo Parque.
Toda essa atuação se traduz em publicações científicas, participações e apresentações de trabalhos em eventos acadêmicos, elaboração de cartilhas e outros materiais e, claro, desenvolvimento de métodos, metodologias e ferramentas de inovação.
Mas afinal, o que o LabMIn faz?
Na prática, o LabMIn coloca o conhecimento produzido nas universidades à disposição das empresas de base científico-tecnológica e das organizações ou corporações do mercado para impulsioná-las a inovar, implementar novos processos, criar novos produtos e, consequentemente, se tornarem mais competitivas e entregar ainda mais valor à sociedade.
Um exemplo dessa atuação é a parceria entre o LabMIn e o programa Outlab UFMG. Realizado por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa, o programa atua levando conhecimentos de gestão e empreendedorismo para os laboratórios de pesquisa da universidade.
Até 2024, a equipe do LabMIn aplicou 14 roadmaps nas infraestruturas do programa. O roadmapping é uma ferramenta que mapeia os passos necessários para um ambiente inovar, lançar um novo produto, fazer ajustes na gestão ou realizar outra mudança importante.
Assim, a rede LabMIn desenvolve e adequa metodologias para a área de inovação. “No decorrer do nosso trabalho à frente do BH-TEC, percebemos a necessidade da criação de um ambiente que pudesse tornar metodologias desenvolvidas e pesquisadas na academia em métodos palpáveis e impulsionadores de negócios de base tecnológica. Esse tipo de ferramenta bem aplicada difere claramente o empreendedorismo de ‘prateleira’ da formação de negócios inovadores que têm potencial de impactar a sociedade de forma escalável e sustentável”, como explica Marco Crocco, CEO do BH-TEC e coordenador do LabMIn.
Dessa forma, é possível afirmar que o principal objetivo do LabMIn consiste em promover a aplicação de métodos e ferramentas em ambientes promotores de inovação com adaptação às estruturas específicas, ou seja, respeitando as especificidades apresentadas pelos negócios de base tecnológica.
Para cumprir seu propósito, o LabMIn conta com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e tem a gestão dos recursos pela Fundação de Apoio da UFMG (Fundep).